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ONU exige que Congo faça eleições em 2005

Por Agencia Estado
Atualização:

Diplomatas do Conselho de Segurança das Nações Unidas pressionaram o governo de coalizão que assumiu o poder no Congo após o final de uma guerra civil a manter o compromisso de realizar eleições em 2005. Liderados pela França, embaixadores das 15 nações que compõem o Conselho realizam um giro pela África que já incluiu uma sessão do colegiado no Quênia - uma das raras vezes em que o Conselho se reuniu fora de Nova York. O Congo serviu de campo de batalha para uma guerra que envolveu seis países africanos, durou cinco anos de matou milhões de civis. Os acordos de paz de 2002 puseram fim aos combates em larga escala, mas há temores de que a promessa de eleições em 2005 não possa ser cumprida. "É importante acelerar o trabalho, para que eleições possam ocorrer na data fixada", disse o embaixador da França na ONU, Jean-Marc de La Sablière. De La Sablière referiu-se aos quase 11.000 homens das Nações Unidas presentes no Congo como "a mais importante missão da ONU no mundo". Os embaixadores reuniram-se com o presidente Joseph Kabila, chefe do governo pós-guerra que conta com quatro vice-presidentes, incluindo dois líderes de exércitos rebeldes. A votação prevista para 2005 forçaria todas as forças políticas do país a submeter seus quinhões de poder à aprovação popular. A guerra do Congo, entre 1998 e 2002, matou um número de pessoas estimado em 3,2 milhões, apenas na parte do país tomada pelos rebeldes. A maioria das vítimas, civis, pereceu de fome ou doenças. Ruanda e Uganda apoiavam os rebeldes, mas Zimbábue, Angola e Zâmbia participaram da guerra em defesa do governo. As relações entre Congo e Ruanda continuam tensas até hoje.

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