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ONU lembra Dia em Memória das Vítimas do Holocausto

Organização fez apelo pelo fim do racismo, fanatismo e intolerância

Por Agencia Estado
Atualização:

A Organização das Nações Unidas (ONU) lembrou nesta segunda-feira, pelo segundo ano consecutivo, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, em cerimônia na qual foi feito um apelo para acabar com o racismo, o fanatismo e a intolerância. Os representantes dos países da ONU fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do Holocausto, em um ato no qual alguns dos sobreviventes dessa tragédia estiveram presentes e falaram sobre suas experiências. Calcula-se que cerca de 6 milhões de judeus tenham morrido nos campos de concentração nazistas, assim como milhares de pessoas consideradas indesejáveis por causa de sua origem étnica, suas crenças religiosas ou outros motivos, incluindo a homossexualidade e o comunismo. Os países-membros da ONU adotaram em novembro de 2005 uma resolução que estabeleceu o dia 27 de janeiro para a lembrança da libertação, feita em 1945, dos campos de concentração nazista de Auschwitz pelas tropas russas. Por ocasião desta celebração, que foi realizada dois dias depois da data, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que está em viagem na África, enviou uma mensagem em vídeo manifestando que este dia também deve servir para reafirmar o compromisso dos países com os direitos humanos. "Este é um tributo a todos aqueles que morreram. Mas também deve ter um papel vital nos esforços para colocar fim à crueldade humana", afirmou. "Deve nos manter atentos aos novos surtos de anti-semitismo e a outras formas de intolerância, e é uma resposta essencial para todos aqueles indivíduos que dizem que o Holocausto nunca aconteceu, ou que é um exagero", acrescentou. O embaixador de Israel na ONU, Dan Gillerman, agradeceu no ato o apoio dos países da Assembléia Geral por lembrarem este fato histórico que atingiu os judeus, especialmente em um momento no qual o anti-semitismo, o racismo e a xenofobia estão aumentando no mundo. O diplomata israelense criticou o Irã por negar o extermínio nazista, e pediu mais esforços na educação para ensinar as crianças a combater o ódio e a intolerância, assim como a apoiar os princípios fundamentais dos direitos humanos.

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