
21 de outubro de 2009 | 15h17
"Nós tentaremos substituir todos os funcionários que foram implicados em não obedecer os procedimentos ou foram cúmplices em processos fraudulentos", disse Ban. O secretário-geral prometeu um segundo turno "transparente e confiável". Uma comissão investigativa respaldada pela ONU confirmou nesta semana que houve muitas fraudes. Com isso, o presidente Hamid Karzai não conseguiu se reeleger em primeiro turno e enfrentará Abdullah na segunda votação.
Abdullah disse que a nova votação é "o único cenário" sob consideração no momento, em meio a especulações sobre um possível governo de coalizão, após dois meses de impasse político.
O enviado da ONU em Cabul, o diplomata norueguês Kai Eide, disse que a comunidade internacional prevê alguns problemas, enquanto a Europa advertiu para o baixo número de monitores. "Esse não será um segundo turno perfeito. Esse é um país em conflito e temos que nos lembrar disso", disse Eide à emissora Al-Jazira.
Os organizadores enfrentam uma corrida contra o tempo para preparar o segundo turno de 7 de novembro, no momento em que o Taleban realiza vários ataques no país. Além disso, o presidente Barack Obama avalia se envia mais tropas norte-americanas para a guerra contra os insurgentes.
O segundo turno terá que ocorrer rapidamente, pois a chegada do inverno no país é iminente e nessa época muitas áreas ficam inacessíveis. As cédulas eleitorais haviam sido impressas anteriormente. Observadores esperam também um baixo comparecimento. No primeiro turno, apenas 38,7% dos eleitores afegãos votaram, porcentagem que inclui os votos agora considerados fraudados. As informações são da Dow Jones.
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