ONU não chega a acordo sobre o que é terrorismo

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Por Agencia Estado
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Apesar do aparente consenso mundial de que o terrorismo deve ser combatido, as negociações na ONU para a conclusão de um acordo internacional contra o terror estão em um impasse perigoso. O motivo é a falta de acordo sobre a definição de terrorismo. Ou seja, não está claro quem é o "inimigo" e contra quem o acordo seria utilizado. O tratado internacional já vinha sendo debatido na ONU há quase uma década. Mas com os atentados nos Estados Unidos no dia 11 de setembro, aumentou a pressão política para que as Nações Unidas concluam um acordo sobre o tema o mais rápido possível. Uma alta fonte da ONU revelou à Agência Estado que o problema é a insistência dos países árabes, liderados por Egito e Síria, de que fique claro que haja uma diferenciação entre atos terroristas e os movimentos de libertação nacional. O esclarecimento entre os dois conceitos teria como objetivo evitar que as ações de árabes contra a ocupação israelense do território palestino fossem classificadas como terrorismo. Corte Penal Internacional Diante da falta de acordo, o governo da Síria, que faz parte do Conselho de Segurança da ONU como membro rotativo, defende a realização de uma conferência internacional para definir terrorismo, o que parece não ser de interesse dos governos ocidentais. Pelo acordo que está sendo negociado, qualquer governo poderia julgar e condenar um ato terrorista realizado mesmo fora de seu país. Além disso, existiria a possibilidade de que a futura Corte Penal Internacional julgue casos de terrorismo. O estatuto da Corte, porém, ainda não entrou em vigor por falta de ratificações dos governos. Leia o especial

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