O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, disse que não tem informações sobre o paradeiro do chefe da missão de paz da ONU no Haiti, o tunisiano Hédi Annabi, que tem sido dado como morto em diversos relatos sobre o terremoto que atingiu a capital do país, Porto Príncipe, na terça-feira. "Não temos nenhuma informação precisa", disse Ban Ki Moon, pedindo cautela na circulação da informação. "O que podemos assumir é que quando o terremoto atingiu a sede da Minustah (a missão da ONU para o país) havia cerca de cem ou 150 pessoas ainda trabalhando. Eles estavam em reuniões importantes. Ainda não estamos cientes de nenhuma informação." A ONU disse que a informação de que Annabi teria morrido é "prematura". A fonte foi o ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner. "O prédio da missão de paz da ONU desmoronou e parece que todos os que estavam dentro do prédio, incluindo meu amigo Hedi Annabi, e todos aqueles que estavam com ele e à sua volta estão mortos", afirmou Kouchner à rádio francesa RTL nesta quarta-feira. Annabi, de 65 anos, subiu à chefia da missão da Minustah no dia 1º de setembro de 2007. Antes disso, ele ocupou por dez anos a subsecretaria-adjunta da ONU para as operações de manutenção de paz. O Brasil exerce o comando militar da Minustah, que conta com cerca de 7 mil soldados (1.266 deles brasileiros). A força de paz da ONU no Haiti conta ainda com outros 2 mil civis. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.