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ONU pede ajuda da China no combate à fome e à pobreza

Instituição quer "ajuda de países com a capacidade, experiência da China"

Por Agencia Estado
Atualização:

O Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) pediu à China que compartilhe com o resto do mundo a experiência com a qual tirou 195 milhões de pessoas da pobreza entre 1999 e 2002, e aumente suas doações no futuro, informou nesta sexta-feira a Rádio China Internacional. O diretor-executivo do PMA, James Morris, em visita em Pequim, se reuniu com o vice-primeiro-ministro Hui Liangyu. Ele afirmou que a instituição "precisa da ajuda de países com a capacidade, experiência e recursos da China". Em entrevista à agência oficial Xinhua, Morris opinou que "o que a China conseguiu ao tirar tanta gente da fome e da pobreza é uma das grandes conquistas da humanidade". "Agora o país deve compartilhar esta experiência com o resto do mundo", declarou Morris. Ele pediu ao país que dê a mesma ajuda que recebeu para reduzir em 90% a pobreza entre 1999 e 2002, segundo dados do Banco Mundial. "O PMA espera que as doações chinesas continuem crescendo no futuro", disse Morris. O funcionário da ONU se mostrou interessado nos conhecimentos chineses de agricultura e na construção de sistemas de resposta a emergências, assistência em casos de desastres e atendimento a crianças mal nutridas. Em 2005, a China parou de receber ajuda alimentícia do PMA, que durante 27 anos destinou ao país quase US$ 1 bilhão, alimentando mais de 30 milhões de pessoas. No mesmo ano, tornou-se o terceiro maior doador de alimentos do mundo, atrás dos Estados Unidos e da União Européia, com 577 mil toneladas, 260% a mais que em 2004. As doações chinesas tiveram como principal destino a Coréia do Norte. Depois vieram Libéria, Guiné-Bissau, Sri Lanka e outros países.

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