NOVA YORK - O Conselho de Segurança da ONU pediu ontem às forças líbias comandadas pelo general rebelde Khalifa Haftar que detenham seu avanço em direção a Trípoli e alertou que o movimento militar está ameaçando a estabilidade da Líbia.
Haftar, líder do autoproclamado Exército Nacional Líbio (ENL), lançou uma ofensiva na quinta-feira para tomar a capital, nas mãos de um governo de unidade apoiado pela ONU e por milícias.
Mais cedo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, em visita à Líbia, afirmou ter ficado “profundamente inquieto” com a crise, marcada por confrontos violentos entre as forças de Haftar e as do governo de Fayez al-Sarraj.
Desde a queda de Muamar Kadafi em 2011, após oito meses de revolta, a Líbia está mergulhada no caos, com a presença de muitas milícias e duas autoridades rivais que lutam pelo poder desde 2015: o Governo da Unidade Nacional (GNA), no oeste, e o Exército Nacional Líbio (ENL) de Khalifa Haftar, no leste.
Antes do encontro do Conselho de Segurança a portas fechadas, o embaixador britânico Jonathan Allen pediu para o “ELN se retirar das posições que ocupava anteriormente e interromper a atividade militar”. “Não há uma solução militar na Líbia e precisamos que todos voltem ao processo político”, disse à imprensa. / AFP