ONU pede fim de lei sobre casais palestino-israelenses

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Por Agencia Estado
Atualização:

Israel deve revogar uma nova lei que obriga os palestinos casados com israelenses a viver separados ou deixar o país, recomenda um comitê da ONU. Os 18 especialistas independentes da Comissão de Eliminação da Discrminação Racial aprovou por unanimidade uma resolução exigindo a mudança. De acordo com o comitê, a lei aprovada em 31 de julho "levanta sérias questões" quanto à obediência de Israel a um tratado internacional de direitos humanos. Yaakov Levy, embaixador israelense na ONU em Genebra, reclamou que a ação do comitê foi "extremamente politizada, demonstrando uma postura tendenciosa contra Israel". A lei impede que palestinos da Cisjordânia ou da Faixa de Gaza que se casem com árabes israelenses obtenham permissão de residência em Israel. De acordo com o Parlamento israelense, a lei deverá entrar em vigor dentro de um ano. Os árabes representam aproximadamente 20% da população israelense de 6 milhões de habitantes. Cerca de 3 milhões de palestinos vivem na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Numa carta enviada à comissão da ONU - e obtida pela Associated Press -, Levy diz que existem "diversos exemplos concretos nos quais a concessão de situação legal a cônjuges palestinos de habitantes de Israel foi violada por habitantes palestinos (da Cisjordânia e da Faixa de Gaza) para a prática de terrorismo suicida".

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