
31 de julho de 2017 | 10h46
GENEBRA - O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos condenou nesta segunda-feira, 31, a violência e as mortes durante a eleição da Assembleia Constituinte na Venezuela e pediu que se abram "investigações independentes" para determinar as circunstâncias que fizeram com que ao menos dez perdessem suas vidas.
O apelo vem dias depois de a Organização dos Estados Americanos (OEA) indicar que está coletando material para denunciar a Venezuela por crimes contra a humanidade no Tribunal Penal Internacional (TPI).
"Lamentamos que pelo menos dez pessoas tenham morrido na Venezuela no fim de semana, enquanto ocorriam protestos sobre a eleição para a Assembleia Constituinte", declarou Elizabeth Throssell, porta-voz da ONU para Direitos Humanos.
"Pedimos investigações imediatas, efetivas e independentes, e pedimos que o governo coopere plenamente com essas investigações", disse. "Estamos preocupados com o fato de as autoridades venezuelanas continuarem a violar o direito à manifestação pacífica, usando a violência para dispersar seus participantes", completou a porta-voz.
"Pedimos às autoridades que suspendam o uso excessivo da força para reprimir protestos e que garantam que o direito de manifestar de forma pacífica seja respeitado", insistiu Elizabeth, lembrando que a oposição também deve evitar o uso da força.
De acordo com a ONU, a informação de que casas estariam sendo alvo de operações violentas por forças de segurança é "profundamente preocupante". "Pedimos que essas práticas ilegais cessem imediatamente."
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