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ONU pede investigação sobre possíveis crimes de guerra na Líbia

Conselho de Direitos Humanos pede que comunidade internacional 'aja com vigor' no país africano

Atualização:

GENEBRA - O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou a Líbia unanimemente, ordenou uma investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos no país recomendaram a suspensão do país como membro do órgão. A decisão ocorre no dia em que os diplomatas líbios no conselho renunciaram em protestos às ações do ditador do país africano, Muamar Kadafi.

 

O Conselho se reuniu em caráter de emergência nesta sexta-feira, 25, para discutir a situação no país africano, onde o governo tem retaliado brutalmente as manifestações pelo fim do regime de Kadafi, que já dura 41 anos. A decisão aumenta a pressão sobre o coronel, que se recusa a negociar com a oposição, a deixar o poder e segue desafiando a comunidade internacional.

 

As 47 nações que formam o Conselho afirmaram que "condenam com firmeza as recentes, brutais e sistemáticas violações de direitos humanos cometidas na Líbia". Os membros do órgão deploraram o regime de Kadafi por seus "ataques indiscriminados contra civis, mortes extrajudiciais, prisões arbitrárias, detenção e tortura de manifestantes pacíficos, o que implica em crimes contra a humanidade".

 

O órgão alerta que os massacres na Líbia, de possivelmente milhares de pessoas, pedem que o mundo "aja vigorosamente" e imediatamente encerre a repressão contra os opositores no país. Ainda foi solicitada a suspensão da Líbia da entidade, algo que nunca havia acontecido contra um membro do próprio grupo.

 

As marchas contra Kadafi entraram no seu 12º dia nesta sexta. Nos últimos dias, o ditador perdeu o apoio de diplomatas, ministros e facções do Exército. Os opositores também tomaram o controle de diversas cidades, principalmente no leste do país. Nesta sexta, o coronel afirmou que "seguirá lutando" e pediu que seus partidário também vão às ruas.

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