25 de março de 2009 | 16h36
Funcionários da ONU familiarizados com o plano disseram à Reuters que ele foi baseado em uma estimativa do financiamento necessário em 2009 e 2010 para que os países em desenvolvimento combatam a crise financeira. O secretário-geral Ban Ki-moon fez o apelo em uma carta dirigida aos líderes do chamado Grupo de 20 nações, afirmaram eles.
A proposta de Ban, divulgada primeiramente pelo Financial Times, será discutida na reunião de cúpula do G20 em Londres em 2 de abril.
Não estava claro se os líderes do G20 concordariam em apoiar o plano, o qual funcionários da ONU dizem ter como objetivo proporcionar liquidez e evitar um levante social geral nos países em desenvolvimento em razão do agravamento da crise de crédito.
"Nossa preocupação é que isso está se tornando rapidamente uma questão política", disse uma autoridade da ONU sob a condição de anonimato. Ele afirmou que garantir "proteções sociais" no mundo em desenvolvimento é crucial.
As autoridades da ONU afirmaram que um quarto dos fundos deveria ser destinado aos países mais pobres, onde moram as pessoas mais vulneráveis. Outro quarto deverá ser destinado a investimentos críticos, como projetos de infraestrutura, a fim de estimular o crescimento em linha com a luta da ONU contra a pobreza, já em andamento.
Os outros 500 bilhões de dólares devem ser usados para combater interrupções na liquidez e manter ativas as linhas de comércio, afirmaram os funcionários.
Boa parte do financiamento, disseram eles, poderia ser feito por meio de organizações internacionais existentes como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, assim como por meio de financiamento de projetos de desenvolvimento da ONU.
Em sua carta, Ban também advertiu os líderes do G20 contra o que um funcionário descreveu como "protecionismo automático". Ban também enfatizou a importância de investimentos ambientalmente corretos em energia limpa e nos chamados empregos verdes.
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