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ONU pede que suspensão do uso de minas na Colômbia

País registra maior número de vítimas por explosões desses artefatos no mundo

Por Agencia Estado
Atualização:

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta quarta-feira, 4, às guerrilhas de esquerda da Colômbia que interrompam o uso de minas no país, que registra o maior número de vítimas e acidentes por explosões desses artefatos no mundo. O escritório da Colômbia do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos disse, que durante o ano de 2006, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o Exército de Libertação Nacional (ELN) persistiram com a prática de instalar minas. Durante o ano de 2006 foram registradas 1.104 vítimas de minas na Colômbia, uma cifra similar à de 2005, de acordo com a vice-presidência do país. No ano passado, 230 pessoas morreram devido a explosões de minas, além de 874 pessoas feridas ou mutiladas, a maioria militares. "A cifra de vítimas vem crescendo lenta e silenciosamente desde 1990, quando se detectou o primeiro acidente por mina antipessoal", revelou um informe da vice-presidência na celebração do Dia Internacional contra as minas. A Colômbia ratificou em setembro de 2000 a Convenção de Ottawa, que proíbe o emprego, armazenamento, produção e transporte de minas antipessoais, e que ordena a sua erradicação. As guerrilhas usam as minas para proteger seus acampamentos, onde moram seus comandantes e escondem pessoas seqüestrada, e para deter o avanço das forças militares.

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