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ONU pede urgência em ajuda internacional ao Paquistão

País sofre com piores enchentes em oito décadas, que já afetaram 20 milhões e deixaram 1.600 mortos.

Por BBC Brasil
Atualização:

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu neste domingo urgência no envio de ajuda internacional ao Paquistão após as enchentes que já afetaram cerca de 20 milhões de pessoas, segundo as autoridades locais. Ban está no Paquistão para acompanhar os trabalhos de resgate e recuperação em meio às piores cheias no país em oito décadas, que já deixaram mais de 1.600 pessoas mortas. "Estou aqui para pedir à comunidade internacional que acelere sua assistência ao povo paquistanês", afirmou o secretário-geral ao chegar ao país. Ban se reuniu também com o primeiro-ministro Yusuf Raza Gilani e com o presidente Asif Ali Zardari, que tem sido criticado por sua condução da crise. Zardari foi alvo de críticas no país por não suspender uma viagem à Europa no início das inundações, há duas semanas. Doenças As autoridades locais advertem que o nível do rio Indus, nas províncias de Punjab e Sindh, pode se elevar ainda mais e piorar a situação já crítica no país de 180 milhões de habitantes. A ONU advertiu que os afetados pelas chuvas estão expostos a doenças transmitidas pelas águas contaminadas e confirmou no sábado ao menos um caso de cólera. Dezenas de milhares de pessoas também estão sofrendo de diarreia grave, um dos sintomas da cólera. Apesar da escala da crise, autoridades paquistanesas se dizem preocupadas com a demora na chegada de ajuda internacional. No sábado, o embaixador do Paquistão na ONU, Zamir Akram, disse à BBC que somente agora o mundo começava a se dar conta da dimensão da devastação e que até agora o país não havia recebido ajuda suficiente. Na semana passada, a ONU lançou um apelo para o envio de US$ 459 milhões (cerca de R$ 811 milhões) em ajuda de emergência ao Paquistão, mas advertiu que no longo prazo serão necessários bilhões de dólares. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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