
17 de agosto de 2011 | 20h15
NOVA YORK - Um diplomata da Organização das Nações Unidas (ONU) e um funcionário governo dos Estados Unidos disseram nesta quarta-feira, 17, que o chefe do braço de direitos humanos do órgão internacional vai pedir para o Conselho de Segurança apontar as lideranças da Síria ao Tribunal Penal Internacional por supostos crimes cometidos durante a repressão dos protestos pró-democracia.
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A alta comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, fará o requerimento ao Conselho de Segurança durante uma sessão a portas fechadas na quinta-feira, disseram as fontes, que falaram sob condição de anonimato.
Segundo elas, Navi deve reportar ao grupo que uma equipe destacada pelo Conselho de Direitos Humanos encontrou evidências de que a Síria violou as leis humanitárias internacionais e deve responder pelos seus atos no tribunal de Haia.
As declarações do diplomata e do funcionário de Washington são dadas no momento em que a pressão internacional sobre a Síria aumenta devido à escalada da violência provocada pelo governo de Damasco nas últimas semanas. O Exército lançou ofensivas contra diversas cidades e esmagou os protestos favoráveis ao fim do regime do presidente Bashar Assad.
De acordo com ativistas, mais de 2 mil pessoas morreram na repressão aos protestos, que começaram em março. Nesta quarta, a ONU retirou parte de seus funcionários no país por "preocupações com a situação da segurança" no país.
Ajuda
Também nesta quarta, a subsecretária para assuntos humanitários da ONU, Valeria Amos, disse que o órgão negocia com o governo sírio o envio de uma equipe especial para avaliar as necessidades humanitárias no país. Valerie disse esperar que os enviados possam "ir logo" para o país e que as prioridades são as áreas onde há combates.
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