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ONU prepara estoque de comida para 1,5 milhões de pessoas na Síria

Agências começam a se mobilizar para enviar ajuda humanitária a áreas sitiadas pelo Exército

Atualização:

GENEBRA - A Orgnização das Nações Unidas (ONU) afirmou nesta quinta-feira, 8, que prepara estoques de comida para 1,5 milhão de pessoas na Síria como parte de um plano de emergência de 90 dias para ajudar os civis que estão carentes de suprimentos básicos após quase um ano de conflito.

 

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"Mais precisa ser feito", afirmou John Ging, do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assistência Humanitária, durante o Fórum de Ajuda Humanitária para a Síria, que durou um dia em Genebra, na Suíça. "O braço da ONU na comunidade de ajuda humanitária está analisando o processo de estoques adicionais de comida para atingir 1,5 milhão de pessoas", completou.

 

Ging ainda descreveu a situação na Síria como delicada e disse que a capacidade dos sistemas de saúde em fornecer tratamento e remédios precisa ser restaurada. As redes de fornecimento de água, danificadas pelos constantes bombardeios, também necessitam de reparos.

 

A agência desenhou um plano inicial de angariar US$ 105 milhões em três meses para enviar ajuda humanitária ao país árabe. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a única agência internacional a enviar voluntários para a Síria, também participa da reunião.

A chefe de assuntos humanitários da ONU, Valerie Amos, está visitando a Síria nesta semana. Ela visitou o bairro de Baba Amr, um dos mais atingidos pela repressão do regime de Damasco, e deve apresentar um relatório ao fim de sua viagem.

 

Crise humanitária

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"O processo político está ficando muito complicado, mas os sírios não podem esperar. A ajuda humanitária deve ser enviada", disse Claus Sorensen, diretor do ECHO, departamento de ajuda da União europeia. "O propósito desta reunião é dar uma resposta imediata ao sofrimento. É sobre conseguir acesso, acesso e acesso - essa é a precondição para de fato ajudarmos", completou.

 

Já o embaixador da Síria em Genebra, Faysal Khabbaz Hamoui, negou a gravidade da situação. "A Síria não passa por uma crise humanitária. Estamos exportando produtos industriais e agrícolas para a maioria dos países da região", pontuou, acusando a imprensa internacional de estimular a intervenção estrangeira no território sírio.

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