17 de agosto de 2010 | 07h23
O Banco Mundial, por sua vez, anunciou a liberação de uma linha de crédito de US$ 900 milhões para o país e manifestou a preocupação de que o impacto econômico das inundações será "enorme". De acordo com o governo paquistanês, cerca de 20 milhões de pessoas foram afetadas pelas enchentes e pelo menos 1,5 mil morreram.
Mais de duas semanas após o início das chuvas que arrasaram o país, muitos paquistaneses estão frustrados pela lentidão na resposta das autoridades à crise. No fim de semana, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, visitou o Paquistão e afirmou que as enchentes são o pior desastre que ele já viu. Hoje, sobreviventes bloquearam uma estrada para protestar contra a lenta distribuição de ajuda.
Mais chuvas fortes destruíram abrigos temporários ontem e a previsão de mais enchentes eleva a urgência de auxílio internacional. A escala do desastre elevou os temores de que a tragédia possa desestabilizar o país, que tem extrema importância nas expectativas dos Estados Unidos de derrotar a Al-Qaeda e o Taleban.
Protesto
Centenas de pessoas bloquearam com pedras e lixo uma importante estrada nas proximidades de Sukkur. Elas afirmam que são tratadas como "animais". Um dos manifestantes, Kalu Mangiani, disse que funcionários do governo só aparecem para entregar comida quando os meios de comunicação estão presentes. "Eles jogam pacotes de comida para nós como se fôssemos cachorros. Eles estão fazendo as pessoas brigarem por esses pacotes", contou.
O ministro de Irrigação da província de Sindh, Jam Saifullah Dharejo, afirmou que Sukkur enfrenta um desafio, já que as águas seguem pelo rio Indo na direção das áreas agrícolas, densamente povoadas. "Os próximos quatro, cinco dias serão cruciais", disse. Com informações da Dow Jones.
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