ONU vai rever segurança após ataque em Argel

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Por Angela Perez
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Argel - O secretário-geral Ban Ki-moon anunciou ontem que será revista a segurança das operações da ONU ao redor do mundo, depois que o atentado de terça-feira em Argel matou 11 funcionários da organização. Foi o pior atentado sofrido pela ONU desde o ataque de 2003 contra o prédio da organização em Bagdá, que matou 22 pessoas, entre elas o brasileiro Sérgio Vieira de Mello. Equipes de resgate vasculhavam ontem os escombros do prédio que abrigava escritórios da ONU em Argel em busca de vítimas ou sobreviventes do atentado. Um dia após o ataque com dois carros-bomba, o número de mortos ainda não estava claro. O governo argelino confirmou ontem 31 mortes, mas funcionários de hospitais falavam em pelo menos 60 e o jornal independente El Watan, em 72. Um grupo argelino que no ano passado adotou o nome de Al-Qaeda no Magreb Islâmico assumiu a autoria do atentado contra o que qualificou de "escravos dos Estados Unidos e da França". "Atacar a ONU internacionaliza a campanha do grupo sem que ele tenha de sair da Argélia", afirmou ao Estado Mark Burgess, diretor do World Security Institute, em Bruxelas. "O ataque enviou uma clara mensagem sobre a capacidade do grupo e indicou que a célula da Al-Qaeda na Argélia é realmente operacional", acrescentou Burgess.

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