17 de março de 2011 | 15h10
NOVA YORK - O Conselho de Segurança da Organização da Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que votará às 19 horas (horário de Brasília) desta quinta-feira, 17, uma resolução que autoriza uma zona de exclusão aérea na Líbia, disse o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant. O diplomata afirmou também que o texto vai ampliar as sanções contra o país africano, onde manifestantes lutam para derrubar o ditador Muamar Kadafi.
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A França e o Reino Unido têm defendido uma proibição forçada dos voos militares sobre o país do norte da África, mas não houve consenso nas reuniões realizadas entre os 15 membros do Conselho nesta semana.
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Uma fonte diplomática francesa informou nesta quinta que acreditava que poderia reunir apoio suficiente no órgão para aprovar uma resolução sobre a Líbia, e que a intervenção militar poderia ocorrer dentro de algumas horas após a aprovação.
A Liga Árabe e o Líbano também apoiam a imposição da zona, mas a implantação está sujeita de países como a China, que já se mostrou descontente com a iniciativa. Rússia e Alemanha também não se posicionaram claramente. Os EUA antes também não davam indícios de qual seria seu voto, mas nos últimos dias o dicurso dos americanos mudou.
Se adotada, a resolução permitirá que sejam tomadas "todas as medidas necessárias" para "proteger civis e áreas habitadas por civis que estão sob ameaça de ataque (na Líbia), incluindo Benghazi, embora uma força de ocupação esteja excluída". A cidade citada no texto é o principal reduto dos opositores e a segunda maior do país.
A zona de exclusão aérea é um pedido dos rebeldes líbios, que lutam para derrubar o ditador Muamar Kadafi, no poder há 41 anos. Há um mês, eles se levantaram contra o coronel inspirados nas revoltas que derrubaram os regimes ditatoriais da Tunísia e do Egito no início do ano. Kadafi tem usado aviões para bombardear os rebeldes e a Líbia sofre com a guerra civil.
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