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Operação anticorrupção na China se volta para políticos com família no exterior

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A China afastou um político, cuja mulher e filhos emigraram, de seu posto na província sulista de Guangdong, informou a mídia estatal nesta quinta-feira, enquanto a campanha anticorrupção do governo se volta para um grupo que acredita ser mais suscetível à corrupção. O vice-chefe do comitê partidário na cidade de Guangzhou, Fang Xuan, vai se aposentar antecipadamente, informou um comunicado, na segunda-feira, do Departamento de Organização do comitê do Partido Comunista de Guangdong, segundo a agência oficial de notícias Xinhua. Autoridades apontaram Xuan como um político com família no exterior, uma das primeiras categorias a perder a sua posição no momento em que o governo chinês começa uma campanha de grande escala contra a corrupção, disse a Xinhua. Segundo a agência, uma "série de investigações" foi iniciada contra outros funcionários em Guangdong. O presidente Xi Jinping deu início no ano passado a uma ofensiva contra a corrupção generalizada, mas a medida também é vista como uma ferramenta para remover os oponentes de Xi e substituí-los por seus aliados. Funcionários com a família no exterior não serão considerados para a promoção, informou a mídia estatal, em janeiro, já que a possibilidade de escapar para outro país os tornaria mais propensos a se envolver em atos de corrupção. Xinhua disse que esse tipo de funcionário é um problema sério na província de Guangdong, que faz divisa com Hong Kong. Muitos funcionários aproveitam um esquema de investimento de Hong Kong para enviar mais de 1 milhão de dólares cada, o que inclui a compra de 'residência' em nações africanas distantes, uma vez que o esquema não está disponível para residentes do continente chinês. (Reportagem de Paul Carsten)

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