ILHA DE GIGLIO - As operações de busca seguem nesta segunda-feira, 23, no Costa Concordia, cruzeiro de luxo naufragado na sexta-feira, 13 na costa da Ilha de Giglio, na Toscana, Itália. As operações de resgate estão sendo realizadas por mergulhadores da Marinha.
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Neste domingo, equipes de resgate encontram o corpo da 13ª vítima do naufrágio do Costa Concordia.
O cadáver de uma mulher foi encontrado por volta das 15h20 (12h20 no horário de Brasília) na ponte 7, na região da popa do navio, em um local que está submerso.
Mais cedo, o chefe da Defesa Civil, Franco Gabrielli, afirmou que talvez existissem clandestinos a bordo do Costa Concordia, diante da possibilidade do corpo encontrado ontem ser de uma mulher húngara cujo nome não estava na lista de embarque.
Até o momento, foram encontrados 13 corpos. Cerca de 19 pessoas, das mais de quatro mil pessoas que estavam à bordo, seguem desaparecidas.
Capitão culpa empresa
O comandante do navio naufragado, Francesco Schettino, responsabilizou a empresa Costa pelas saudações realizadas com a embarcação à Ilha de Giglio que provocaram o acidente.
Segundo ele, a empresa estava ciente da prática, que é comum "em todo o mundo", e "a reverência" diante da ilha "foi planejada e requerida pela Costa antes da partida de Civitavecchia [na região do Lazio,] por razões publicitárias".
A declaração foi feita pelo comandante, como apontam os veículos de imprensa locais, durante um interrogatório promovido pela juíza de Grosseto, Valeria Montesarchi.
Ele também mencionou a existência de uma espécie de competição com outro comandante, Massimo Garbarino, que "fazia sua saudações" no mesmo local. "Eu o prometi, por meio de um e-mail, que faria o mesmo no verão seguinte", disse.
Quando questionado pela juíza se esta era a primeira vez que ele se aproximava da região, Schettino afirmou ter feito a mesma rota com "o Costa Europa e outras embarcações".
O presidente da empresa Costa Cruzeiros, Pier Luigi Foschi, proprietário do navio Costa Concordia, afirmou recentemente que a culpa pela manobra considerada arriscada era de Schettino e que sua conduta foi "incompreensível", uma vez que "nunca havia dado sinais de abandono no plano técnico ou no humano".