Oposição critica militarização de Caracas

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Por Agencia Estado
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A decisão tomada pelo governo venezuelano, de militarizar Caracas, gerou fortes críticas entre os setores opositores, que se negam a aceitar acordos com os negociadores do governo enquanto os militares estiverem nas ruas. O processo de diálogo entrou hoje em seu quinto dia, em meio à grande tensão diante do crescente conflito interno, dos ataques sofridos por líderes da Igreja católica e meios de comunicação e dos violentos distúrbios ocorridos no início da semana. "Não podemos assinar um acordo com alguém que, na mesa, condena a violência e, nas ruas, provoca mais violência", disse o negociador de oposição, Timoteo Zambrano, ao assegurar que a oposição não apoiará nenhum acordo até que o governo esclareça sua postura sobre o envio às ruas de várias dezenas de militares. Zambrano disse à emissora Unión Radio que a oposição não aceitará a militarização da capital porque a decisão "está à margem da Constituição". Ele afirmou também que a oposição retornará à mesa de negociações, mas apenas para continuar insistindo na convocação de um referendo como saída para a séria crise no país. O chefe da guarnição militar de Caracas, general de Exército Jorge García Carneiro, justificou a presença militar nas ruas argumentando que o conflito trabalhista iniciado há um mês e meio por um grupo de policiais metropolitanos o obrigou a reforçar a segurança na capital.

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