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Oposição defende concessão de asilo a Zelaya no Brasil

Por CAROL PIRES
Atualização:

Os líderes da oposição no Senado, José Agripino Maia (DEM-RN) e Arthur Virgílio (PSDB-AM), criticaram hoje a presença do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, na embaixada brasileira em Tegucigalpa, capital de Honduras. Ambos defendem a tese de que o presidente deposto deveria se asilar no Brasil até que a crise política em Honduras seja resolvida. "Na medida em que o presidente Zelaya, que é o presidente eleito - (Roberto) Micheletti não é presidente, mas a minha preocupação é que o Brasil entrou como avalista das hostilidades -, uma saída poderia ser a negociação de um salvo-conduto para ele vir ao Brasil até que a situação se resolva", sugeriu Agripino.Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores, no Senado, a posição de Agripino contou com apoio do líder do PSDB, Arthur Virgílio. "Para mim, o ideal seria tirar o Zelaya de lá", afirmou o tucano. A audiência pública da comissão foi convocado para o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, apresentar explicações sobre os acontecimentos na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde Zelaya está abrigado desde o dia 21.Em resposta a Agripino e Virgílio, o chanceler brasileiro informou que Zelaya não pediu salvo-conduto ao Brasil e, por isso, o asilo ao presidente deposto de Honduras ainda não deve ser discutido. "Isso não nos foi pedido. Como não nos foi pedido, não estamos oferecendo", explicou.Questionado pelo senador Renato Casagrande (PSB-ES) sobre qual é o status de Zelaya na embaixada brasileira, Amorim disse que não iria entrar em "categorização jurídica", porque é um conceito "complexo". "As situação histórias se repetem de maneira diferente", limitou-se a dizer o chanceler.

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