CAIRO - A oposição síria denunciou nesta quarta-feira, 18, a morte de mais de 60 pessoas em bombardeios e ataques das forças do regime, que sofreu o maior golpe desde o início da revolta com o atentado realizado hoje em Damasco. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 62 civis e rebeldes (20 deles na capital) morreram. Os Comitês de Coordenação Local (CCL) elevaram este número para 102 pessoas.
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O Observatório apontou que além dos 20 mortos em Damasco, 14 vítimas foram registradas em Deraa, oito em Idleb e cinco nos arredores da capital. Um líder do grupo rebelde morreu nos enfrentamentos em Deraa, quando as forças governamentais dispararam e bombardearam distintas localidades do país como a zona de Qabun, nos arredores de Damasco, apontou a oposição.
Os Comitês ressaltaram que a ofensiva das tropas do regime em bairros da capital, como o de Naher Isheh, empregou aviões de combate e carros de combate para bombardear e destruir várias casas.
A opositora Comissão Geral da Revolução Síria acrescentou que as ruas estão praticamente vazias, na maioria das regiões da capital. Muitos comércios teriam fechado suas portas e um grande número de moradores deixou as áreas bombardeadas.
A ofensiva militar ocorreu após rebeldes promoveram o maior golpe contra o regime de Assad, desde março de 2011, com o assassinato do ministro e do vice-ministro da Defesa, Dawoud Rajiha e Assef Shawkat, respectivamente. Shawkat era uma das figuras mais temidas do círculo próximo ao presidente sírio.
Além disso, foi morto também o assistente do presidente, general Hassan Turkmani. Outros integrantes do alto escalão do regime sírio ficaram feridos.
Com Efe