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Oposição exige que Uribe peça desculpas por declarações

Presidente colombiano afirmou que antigos guerrilheiros do desarticulado Movimento 19 de Abril são agora "terroristas vestidos à paisana"

Por Agencia Estado
Atualização:

Membros do Pólo Democrático Alternativo (PDA), força de oposição na Colômbia, apresentaram na terça-feira um recurso de amparo para exigir que o presidente Álvaro Uribe se retrate de declarações contra o grupo. Segundo o PDA, Uribe lançou "afirmações temerárias" contra integrantes da formação política, ao afirmar que os antigos guerrilheiros do desarticulado Movimento 19 de Abril (M-19) são agora "terroristas vestidos à paisana". O recurso foi apresentado à Corte Suprema de Justiça, exigindo um pedido de desculpas público. José Cuesta e Jimmy Borda, do PDA, disseram na ação judicial que "as afirmações temerárias do presidente Álvaro Uribe lesam gravemente os acordos de paz de 1990, que foram fundamento da Constituição de 91". A Corte deve decidir em breve se admite a ação judicial. Mais críticas Uribe voltou a atacar seus críticos e opositores. A controvérsia chegou ao ponto de o presidente da Conferência Episcopal, Luis Augusto Castro, recomendar ao chefe de Estado que procure "uma atmosfera de reconciliação, em vez de jogar lenha na fogueira". Segundo o presidente, alguns dos membros do PDA procedentes do M-19 "incendiaram o Palácio de Justiça com dinheiro da máfia, se beneficiaram de um processo de paz e chegaram ao Congresso para dar aulas de moral". Sem dar nomes, Uribe se referia a Petro, um dos críticos mais duros da política de paz do governante, que denunciou vários congressistas de ter ligações com esquadrões da extrema direita armada.

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