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Oposição promete grande manifestação contra Chávez

Por Agencia Estado
Atualização:

A oposição venezuelana promete realizar amanhã, 19º dia da greve geral contra o governo do presidente Hugo Chávez, uma gigantesca manifestação que pode culminar com uma marcha até as proximidades do Palácio de Miraflores, sede do governo. O secretário-geral da Confederação de Trabalhadores da Venezuela (CTV), Carlos Ortega, disse hoje que o itinerário da grande passeata - denominada pelos opositores de "a tomada de Caracas" - só seria divulgado horas antes do início da manifestação. De acordo com informações do começo da semana, os manifestantes partiriam de quatro pontos diferentes de Caracas e se deslocariam simultaneamente na direção de Miraflores. A expectativa de os manifestantes se aproximarem da sede do governo tem aumentado o temor de que a crise política que paralisa o país se degenere em confrontos violentos. A tensão se ampliou depois da advertência do ministro do Interior, Diosdado Cabello, de que o governo não permitirá concentrações nos arredores do palácio. "O Palácio de Miraflores é uma área de segurança e em nenhum país do mundo se aceitam manifestações de oposição na frente da sede do governo", declarou Cabello, acrescentando que as forças de segurança erguerão barricadas e usarão bombas de gás lacrimogêneo para evitar a aproximação da marcha. Uma manifestação semelhante, em 11 de abril, a duas quadras do palácio, deu início a uma seqüência de tiroteios que resultou na morte de 19 pessoas e causou uma fracassada tentativa de golpe de Estado, que retirou Chávez do poder por menos de 48 horas. "Resistência ativa e combativa nas ruas é o nosso lema", afirmou, num discurso na quarta-feira à noite, o secretário-geral da Confederação de Trabalhadores da Venezuela (CTV), Carlos Ortega. "Com têmpera de aço, dignidade e persistência, não descansaremos até conseguir a saída do ditador Chávez e de sua camarilha corrupta." Os líderes da greve geral disseram que as ações de piquete e bloqueio de vias dos últimos dias não se repetiram hoje porque os venezuelanos estavam se preparando para "a mãe de todas as marchas" de amanhã.

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