
27 de dezembro de 2007 | 16h48
O líder oposicionista paquistanês e ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif pediu nesta quinta-feira, 27, a renúncia do presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, e disse que seu partido vai boicotar as eleições gerais de 8 de janeiro por causa do assassinato de Benazir Bhutto. Veja também: Paquistaneses protestam nas ruas Bush diz que assassinato foi 'ato covarde' Brasil vê com 'preocupação' morte de Benazir Análise: Paquistão em mares desconhecidos Filha de dinastia, Benazir era figura polêmica Cronologia: A trajetória de Benazir Assista ao vídeo Blog do Guterman: Guerra civil à vista "O PML-N irá boicotar a eleição", afirmou Sharif em entrevista coletiva em Islamabad, se referindo a seu partido. O PML-N é o maior partido da oposição islâmica ainda na legalidade. Líder da oposição e também ex-premiê, Benazir foi morta em um atentado na manhã desta quinta-feira. Outras 20 pessoas também foram mortas no ataque. A morte de Benazir, líder da oposição laica, causou uma situação de caos antes das eleições e provocou temores de protestos maciços e aumento da violência. "Eleições livres não são possíveis na presença de Musharraf", acrescentou ele sobre o presidente Pervez Musharraf. "Musharraf é a raiz de todos os problemas." Antigos rivais, Bhutto e Sharif se juntaram recentemente em oposição a Musharraf. Bhutto liderava o maior partido do país, o Partido do Povo Paquistanês (PPP).
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