CARACAS - O opositor Henri Falcón, principal rival do presidente venezuelano Nicolás Maduro nas eleições de 20 de maio, prometeu nesta terça-feira, 1, abrir as portas a uma ajuda humanitária da administração de Donald Trump e restabelecer o sinal da CNN.
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“Senhor presidente Trump: prepare os envios de medicamentos e de alimentos porque vamos abrir os portos, os aeroportos e nossas fronteiras” para um “canal humanitário”, disse Falcón, em um encontro com jornalistas em Caracas.
Segundo o candidato, será permitida a entrada de ajuda humanitária dos Estados Unidos e de países da América Latina e da Europa diante da grave escassez de alimentos e medicamentos e da hiperinflação.
O governo de Maduro nega a existência de uma “crise humanitária” e assegura que essas ofertas de ajuda respondem a um plano internacional para intervir militarmente na Venezuela.
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Falcón anunciou, ainda, que se ganhar as eleições restabelecerá os sinais de canais de televisão internacionais que o governo bloqueou no ano passado, como CNN em Espanhol e os canais colombianos Caracol e RCN, acusados pelo chavismo de “propaganda O candidato descreveu essas medidas como bases de uma política de abertura para o país. Segundo ele, um dos líderes desse processo será o líder social-cristão Eduardo Fernández, ex-candidato à presidência em 1988, que será seu chanceler.
Falcón decidiu apresentar-se como candidato de oposição em uma eleição rejeitada pela coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD). Os Estados Unidos, a União Europeia e vários países latino-americanos prometem não reconhecer a votação por não considerar que a oposição terá garantias mínimas para um resultado justo.
Na comemoração do Dia do Trabalhador em Caracas, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu que o povo lhe dê 10 milhões de votos na eleição. No discurso, ele prometeu também vencer as “máfias econômicas” que ele responsabiliza pela crise econômica do país, que já dura cinco anos.
“Tenham o nome que tenham, estejam onde estejam, buscarei um por um dos ladrões do povo”, disse Maduro, que há anos responsabiliza empresários e os governos dos Estados Unidos e da Colômbia pela hiperinflação e escassez generalizada de alimentos no país.
Economistas atribuem a crise ao controle cambial exercido pelo governo, ao aumento desenfreado dos gastos públicos e a queda de produtividade da PDVSA, a estatal do petróleo.
Segundo institutos de pesquisas, a popularidade de Maduro na Venezuela ronda os 20%. O chavismo diz ter tido 8 milhões de votos nas últimas eleições regionais, uma cifra descrita como “impossível” pela oposição, que denunciou uma série de fraudes eleitorais nas últimas votações. Especialistas estimam o potencial de votos do chavismo entre cinco e seis milhões.
aduro convocou a participar do teste o governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), assim como as chamadas "Unidades de Batalha Bolívar-Chávez" (UBCH), organizações comuns encarregadas de mobilizar eleitores.
As UBCH, que começaram a funcionar durante o governo de Hugo Chávez sob outra denominação, têm uma lista de pessoas a serem levadas aos centros eleitorais.<MC>/ AFP