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OPOSITOR ALIMENTA APOIO COM NOODLES

Massa e café aquecem militância de Mauricio Rodas

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"Vocês podem escolher três sabores: camarão, frango e carne. Por favor não peguem mais de um para ter para todo mundo." O pedido partiu de um dos coordenadores da campanha do candidato presidencial Mauricio Rodas, diante de uma fila de 80 voluntários que esperavam sob chuva e frio de 10° C por um copo de macarrão instantâneo e outro de café com leite. Com bandeiras, camisetas e bonés azuis, eles esperaram por mais de duas horas a chegada do candidato em um estacionamento na zona norte de Quito, a poucos metros do comitê do presidente Rafael Correa. Um palco para uma apresentação musical e uma pequena equipe de filmagem completavam o cenário."Não posso falar agora, perdão. Estou comendo", disse o militante Sergio Rojas ao Estado. Sua mulher, Maribel, o repreendeu. Estavam ali pelo candidato, não pela comida, disse. "Milito porque gosto de Mauricio. Ele é jovem e tem propostas boas", disse Maribel Rojas, de 47 anos, enquanto sorvia o café com leite sob um toldo para abrigar-se da chuva. "Quando quebrei o braço, queriam me cobrar US$ 1,5 mil para operá-lo em um hospital particular. Não estou de acordo com isso."Economista jovem, de 38 anos, com carreira na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e na Fundação Ethos, um centro de investigação de políticas públicas com sede no México, Rodas ganhou notoriedade ao voltar ao Equador em 2008 e tornar-se um crítico de Correa. Ele publicou uma lista com 171 insultos ditos pelo líder equatoriano em seu programa semanal na TV estatal. Correa o acusou de ser financiado pela CIA, a agência de inteligência americana.Com atraso de duas horas, a carreata que levava Rodas por Quito chegou ao estacionamento La Carolina, local do showmício. As quatro caminhonetes, que traziam também candidatos do partido de Rodas (Suma) à Assembleia Nacional, deram uma volta no local. Houve gritos de "Rodas presidente".Ao descer do carro, Rodas disse ter certeza de que será o adversário de Correa no segundo turno, ainda que as controvertidas pesquisas de opinião equatorianas o coloquem atrás de candidatos como o banqueiro Guillermo Lasso e o ex-presidente Lucio Gutiérrez. "Em mais de 40 dias, somamos o entusiasmo dos equatorianos. Segundo as pesquisas sérias do Equador, nossa candidatura não para de subir e estamos disputando o segundo lugar", garantiu. "Chegaremos ao segundo turno e ganharemos as eleições."O "showmício" tentou animar os poucos militantes que resistiram à chuva ao som do reggaeton do grupo Tomback e do dueto equatoriano Rocko e Blasty. Ao final, Rodas valeu-se de um jogo de palavras para tentar mostrar por que pode ser um fato novo na política equatoriana: "Não tenho laços com o passado nem correias que me prendem ao presente". / L.R.

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