Opositor de Maduro exige 'respeito à vida' dos agentes responsáveis por sua prisão

Líder opositor afirmou que precisou fazer o pedido após ter conhecimento de supostas 'torturas' contra militares dissidentes presos pelo governo Maduro

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Por Redação
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CARACAS - O presidente da Assembleia Nacional e autodeclarado "presidente interino" da Venezuela, Juan Guaidó, pediu "respeito à vida" dos agentes do Serviço de Inteligência Bolivariana (Sebin) responsáveis pela prisão temporária no domingo, 13. O presidente Nicolás Maduro classificou o episódio como um 'conluio' da oposição e militares corruptos.

O líder opositorvenezuelano, Juan Guaído, discursa em Caracas. Foto: AP Photo/Fernando Llano

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"Eu exijo o respeito à vida desses funcionários. Se eles estão presos, é preciso que cheguemos no fundo disso", disse Guaidó, em entrevista transmitida pelas redes sociais. O opositor acrescentou que faz esse pedido após ter conhecimento de supostas 'torturas' contra militares dissidentes presos pelo governo Maduro.

Guaidó foi detido temporariamente no domingo após ser interceptado por duas caminhonetes do Serviço de Inteligência (Sebin). Segundo relato de sua esposa, que acompanhava o marido os soldados portavam “armas longas" e estavam encapuzados quando os obrigaram a descer do veículo em que viajavam. O líder opositor foi interrogado por cerca de uma hora até ser solto. A Sebin não apresentou justificativa para a detenção, mas o governo venezuelano afirmou se tratar de uma ação 'unilateral' de agentes do serviço de inteligência.

Maduro classificou o episódio como um "show midiático" da oposição com "agentes corruptos" da Sebin com o intuito de prejudicá-lo. O presidente, no entanto, não apresentou provas para suas alegações.

Segundo Guaidó, sua prisão aponta que Maduro já não tem o controle das forças policiais do país. Na semana passada, ao se declarar presidente interino do país, o opositor pediu ajuda dos militares, dos cidadãos e da comunidade internacional para acabar com o que considera a "usurpação" da presidência do parte de Maduro. /EFE

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