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Opositor é morto em Moscou a dois dias de ato contra Putin

Testemunhas dizem que homens armados desceram de um carro e abriram fogo contra Boris Nemtsov, crítico do presidente russo

Atualização:
Policiais isolam o corpo do opositor russo Boris Nemtsov, morto em Moscou a dois dias de ato contra o presidente Vladimir Putin Foto: George Malets / AP

MOSCOU-O político opositor russo Boris Nemtsov, um dos principais críticos do presidente Vladimir Putin, foi morto ontem, em Moscou, dois dias antes de um ato convocado por ele contra o governo. Testemunhas dizem que homens armados desceram de um carro e atiraram contra Nemtsov, de 55 anos, a cerca de 200 metros do Kremlin. 

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O chefe do Departamento de Polícia de Moscou foi ao local minutos após o crime, de acordo com a agência russa de notícias Itar-Tass. “Ele morreu por volta das 11h40 da noite, vítima do impacto de quatro tiros contra suas costas”, disse um porta-voz do Ministério do Interior. 

Assessores de Nemtsov testemunharam o assassinato. “O corpo dele está na minha frente. Há muitos policiais aqui”, disse o opositor Ilia Yashin à agência de notícias Ria Novosti

Boris Nemtsov era crítico das suspeitas de corrupção envolvendo o governo russo Foto: Maxim Shipenkov/ EFE

Por meio de nota, o governo russo disse que a morte do opositor tem sinais de ter sido “encomendada” por pessoas interessadas em criar um clima de provocação contra o Kremlin. 

Até a noite de ontem, ainda não estava claro se o assassinato tinha motivação política ou se tratava de crime comum. 

Conhecido como duro crítico do presidente Vladimir Putin, nos anos 90, ele foi vice-primeiro-ministro durante o governo do presidente Boris Yeltsin. Nemtsov também chegou a ser cotado para disputar a presidência, mas foi preterido pelo atual presidente. Atualmente, ele era vereador em Yaroslavl. 

Uma das principais denúncias feitas por Nemtsov envolvia a realização das Olimpíadas de Inverno de Sochi, no ano passado. Segundo ele, 60% do custo final dos jogos, estimado em US$ 30 bilhões, foi desviado para corrupção. / AP e REUTERS

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