09 de dezembro de 2010 | 09h50
ElBaradei, ex-chefe da agência de monitoramento nuclear da ONU, disse que consideraria concorrer à presidência caso emendas fossem feitas à Constituição do Egito, facilitando a participação de candidatos independentes.
Nenhuma mudança foi feita, o que na prática inviabiliza sua candidatura.
"Peço a vocês que enviem uma mensagem clara ao sistema, dizendo que não participaremos dessa farsa no ano que vem, nas eleições presidenciais, se as mudanças na Constituição não forem concluídas", disse ElBaradei em um vídeo publicado na sua página do Facebook.
A entrada de ElBaradei na política do Egito animou inicialmente a oposição fragmentada do país, mas depois disso o entusiasmo por sua candidatura vem diminuindo. Analistas acreditam que ele passou muito tempo no exterior e pouco tempo nas ruas.
O Partido Democrata Nacional, do presidente Hosni Mubarak, está no poder há mais de 30 anos e teve uma vitória esmagadora na segunda rodada das eleições parlamentares, um mês depois de os dois maiores blocos da oposição se retirarem da votação.
Líderes da oposição alegaram fraude e truques sujos na primeira rodada. O partido governista e o governo dizem que a votação foi aberta e justa.
(Reportagem de Alexander Dziadosz)
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