CARACAS - O ex-chefe policial venezuelano Iván Simonovis, que passou 15 anos detido pelas autoridades chavistas e foi libertado no fim de semanaprometeu revelar a autoridades americanos supostas atividades criminosas do governo de Nicolás Maduro envolvendo cartéis de droga, o Exército de Liberação Nacional (ELN) e do movimento xiita HezbollahSimonovis afirmou que manteve reuniões no Congresso, no departamento de Estado e com agências de inteligência. As declarações de Simonovis ocorrem depois de o general chavista dissidente Manuel Figuera ter relatado vínculos similares em entrevista ao Washington Post.
Simonovis abandonou em 16 de maio sua prisão domiciliar em Caracas. O ex-chefe policial foi condenado a 30 anos por dois assassinatos cometidos durante a tentativa de golpe de Estado de 2002 contra o presidente Hugo Chávez.
"Para sair da Venezuela foi necessário o apoio de muitas pessoas, entre elas funcionários ativos e militares, que não estão de acordo com o que ocorre no país. Funcionários que se colocaram do lado correto da Constituição”, disse. “Estes funcionários me passaram muita informação, que agora estou trazendo para este país para que auxiliem na investigações.”
Segundo Simonovis, desde janeiro ele tem mantido contato com o líder opositor Leopoldo López. Ambos teriam concordado com uma série de estratégias que denominaram como Operação Liberdade, com o objetivo detirar Maduro do poder.
Maduro ameaça oposição
Em Caracas, Maduro alertou nesta quarta-feira que será implacável se ocorrer uma tentativa de golpe de Estado no país, ao reiterarr uma denúncia feita por integrantes do governo chavista sobre um plano de conspiração que teria sido desarticulado na semana passada.
Durante um evento com militantes, exibido em rede nacional de rádio e TV, Maduro afirmou que seria implacável em conduzir uma contraofensiva revolucionária a uma tentativa de golpe”.
“O que pode vir, não tomem isso como uma advertência ou como uma ameaça, o que pode vir é uma revolução mais radical, uma revolução mais profunda”, afirmou. /AFP e EFE