O general Sarath Fonseka, ex-líder do Exército e candidato derrotado nas eleições presidenciais do Sri Lanka, deverá comparecer a um tribunal para ser julgado por crimes militares, indicou uma fonte do governo nesta terça-feira, 9, segundo a agência AFP.
"Fonseka comparecerá ante uma corte marcial mesmo que já não seja um oficial em serviço. A lei se aplica durante seis meses depois de todo militar se aposentar', disse a fonte, sob condição de anonimato. O general é acusado de tentar derrubar o governo e matar o presidente, Mahinda Rajapakse.
Derrotado nas eleições de 26 de janeiro por Rajapakse, Fonseka foi preso na segunda-feira pela Polícia. Em maio de 2009, o general levou o Exército a uma vitória decisiva contra rebeldes separatistas.
O ex-chefe do Exército declarou à imprensa na segunda que mais de 50 colaboradores seus foram detidos e as autoridades queriam impedi-lo de apresentar provas de suas acusações de fraude eleitoral.
Protestos
A oposição convocou protestos por todo o país contra a prisão de Fonseka. A esposa do general, Anoma Fonseka, disse que ele não teve mais contato com a família e com os amigos e está sendo mantido em um lugar secreto. O governo nega as afirmações.
Alguns analistas dizem que a prisão de Fonseka, que ocorre antes das eleições parlamentares do Sri Lanka, tem o objetivo de prevenir que o candidato derrotado participe do pleito e fortaleça a oposição.