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Opositora venezuelana protestará contra cassação de seu mandato

Maria Corina Machado deve vir ao Brasil esta semana para audiência em comissão do Senado

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Por Redação
Atualização:

A deputada opositora venezuelana, María Corina Machado, deve tentar participar nesta terça-feira, 1, de uma sessão na Assembleia Nacional, um dia depois de o Tribunal Supremo da Venezuela (TSJ) ter confirmado a perda de seu mandato. Uma manifestação em respaldo à parlamentar foi convocada para a tarde de hoje em Caracas.

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Maria Corina deve vir amanhã ao Brasil para participar de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado. "Queremos dar voz a ela e entender melhor a violência contra o mandato parlamentar, sem direito a defesa, que vem ocorrendo", disse o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da comissão e autor do convite. A reunião deverá ocorrer na parte da tarde, mas o horário ainda não foi definido porque ele aguarda a confirmação do horário de chegada da deputada.

A decisão do TSJ teve como base dois artigos da Constituição venezuelana que proíbem parlamentares de exercer em paralelo ao mandato qualquer outro cargo público. Durante uma sessão da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a Venezuela, a representação do Panamá tentou nomear Maria Corina como sua representante alternativa na entidade para que ela tivesse direito à palavra, depois de a maioria dos países terem votado contra sua apresentação na reunião.

De acordo com o artigo 149 da Constituição venezuelana, funcionários públicos não podem aceitar cargos, honras ou recompensas de governos estrangeiros sem a autorização da Assembleia Nacional. A chancelaria panamenha diz que a nomeação de Maria Corina não foi concluída na OEA.

Na semana passada, o presidente da Assembleia, Diosdado Cabello, disse que a deputada perderia o mandato em razão de sua participação na cúpula. Maria Corina acusa o governo de tentar silenciar a oposição antichavista.

Desde o início dos protestos contra o presidente Nicolás Maduro, três políticos da oposição já foram presos: o ex-prefeito de Chacao Leopoldo López, que assim como Corina incentivou os protestos de rua, e os prefeitos de San Cristóbal, Daniel Ceballos, e o de San Diego, Enzo Scarano. / EFE

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