Organização apura morte de 34 civis após bombardeio no Afeganistão

Segundo grupo de direitos humanos, número de mortes após ataque no sul do país foi o dobro do anunciando oficialmente pelo governo

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um grupo afegão de defesa dos direitos humanos denunciou nesta sexta-feira que 34 civis morreram no bombardeio promovido pelos Estados Unidos contra uma aldeia no sul do Afeganistão no início da semana, o dobro do número divulgado oficialmente. Abdul Qadar Noorzai, diretor da representação da Comissão Independente de Direitos Humanos do Afeganistão em Kandahar, disse que os relatos colhidos junto a pessoas que fugiram de Azizi, a aldeia atacada, dão conta que 25 membros de uma mesma família morreram numa casa rústica atingida, assim como outros nove civis que estavam numa madraça próxima. Ao todo, 11 civis ficaram feridos, prosseguiu Noorzai. Ainda de acordo com ele, moradores de Azizi disseram ter sepultado 35 pessoas desconhecidas. Presume-se que esses desconhecidos sejam militantes de fora que estavam na aldeia no momento do ataque. Oficialmente, o governo afegão confirmou a morte de 16 civis. O exército dos EUA informou que sua estimativa de civis mortos era similar à do governo. No início da semana, Haji Ikhlaf, um morador de Azizi ferido no ataque aéreo, já havia dito à Associated Press na ocasião que seus conterrâneos haviam enterrado 26 civis. Segundo os cálculos dos militares americanos, até 80 supostos integrantes da milícia fundamentalista islâmica Taleban podem ter morrido no episódio, embora 60 dessas mortes ainda carecem de confirmação. Noorzai disse que ainda não pôde visitar pessoalmente a aldeia atacada porque as forças de segurança isolaram o local e não permitem a entrada de ninguém.

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