WASHINGTON - A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch, com sede em Washington, exigiu a libertação do prefeito de Caracas, o oposicionista Antonio Ledezma, que foi preso por funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência na quinta-feira, 19, acusado de conspirar contra o governo. "Sem evidência de ter cometido um delito, o prefeito nunca deveria ter sido preso e deve ser imediatamente libertado. Do contrário, estaremos diante de um novo caso de detenção arbitrária contra opositores em um país onde não há independência judicial", declarou em comunicado José Miguel Vivanco, diretor do Human Rights Watch para as Américas. "O governo da Venezuela é responsável pela vida e integridade física de Antonio Ledezma, que foi preso sem ordem judicial e agredido por funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência".Outras organizações internacionais de defesa dos direitos humanos também exigiram sua soltura.
O Partido Conservador da Colômbia exigiu que o presidente do país, Juan Manuel Santos, convoque o conselho permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) para tratar do assunto. Entretanto, a maioria dos países latino-americanos não se manifestou sobre o ocorrido.
O secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), o ex-presidente colombiano Ernesto Samper, disse em entrevista que o papel da organização não é intervir ou emitir qualificações sobre a Venezuela e sim "trabalhar para que as instituições de direito no país sigam funcionando e que acontecimentos como o de ontem não devem afetar as instituições".