Órgão da ONU fará investigação sobre massacre na Síria--enviados

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O Conselho de Direitos Humanos da ONU realizará uma sessão especial sobre a Síria na sexta-feira para investigar o massacre da semana passada de mais de 100 pessoas na cidade de Houla, afirmaram nesta quarta-feira diplomatas envolvidos no planejamento da reunião em Genebra. Estados Unidos, Catar, Turquia e a União Europeia lideraram as negociações para a reunião de emergência, que será a quarta sessão do órgão sobre a Síria desde que as manifestações contra o regime do presidente Bashar al Assad começaram, no início do no passado. Agendar o debate, que ainda não foi anunciado oficialmente, exige assinaturas de 16 países integrantes do Conselho de Direitos Humanos. "Tudo está se materializando muito rapidamente", disse uma autoridade. "Vai ter um apoio enorme." Alguns membros planejam elaborar um texto que deve condenar o massacre de sexta-feira em Houla, no qual pelo menos 108 pessoas foram mortas, a maioria mulheres e crianças, e exigir uma investigação mais aprofundada. O massacre, uma violação do acordo de cessar-fogo mediado pelo enviado internacional da ONU Kofi Annan, já levou pelo menos sete nações ocidentais a expulsar embaixadores sírios de suas capitais. A União Europeia deverá pressionar o Conselho de Direitos Humanos a recomendar ao Conselho de Segurança da ONU remeter o caso ao Tribunal Penal Internacional (TPI). China e Rússia, aliados da Síria e que têm o poder de vetar quaisquer sanções da ONU, recusaram-se a culpar as forças leais a Assad pelos assassinatos em Houla, de modo que a indignação generalizada provavelmente não deve se traduzir em medidas duras sobre o governo sírio. (Reportagem de Tom Miles e Stephanie Nebehay)

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