Oriente Médio desmente proposta de Estado palestino

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Jornais israelenses informaram neste domingo que israelenses e palestinos fizeram um esboço de um potencial plano de paz que reconheceria a existência de um Estado palestino dentro de dois meses. Os detalhes seriam finalizados mais tarde. Líderes israelenses e palestinos imediatamente desmentiram as informações. Mas fontes confirmaram que o ministro israelense das Relações Exteriores, Shimon Peres, e o presidente do Parlamento palestino, Ahmed Qureia, debatarem as idéias. No passado, os dois negociaram em segredo os acordos de Oslo entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Os jornais Yediot Ahronot e Maariv informaram que eles - com conhecimento do líder palestino Yasser Arafat e do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon - chegaram a um consenso sobre a criação de um Estado palestino independente num prazo de dois meses em áreas já sob controle da Autoridade Palestina - 42% da Cisjordânia e a maior parte da Faixa de Gaza. Mais questões - Na condição de Estados, Israel e Palestina passariam então a negociar outras questões, como a expansão das fronteiras, os assentamentos judaicos, o status de Jerusalém e a questão dos refugiados palestinos. As negociações deveriam ocorrer durante 2002. Qualquer acordo teria dois anos para ser implementado. Peres não negou a existência da proposta, mas disse não ter havido acordo. O gabinete de Sharon classificou as reportagens como "fantasias infundadas". Os palestinos disseram que Peres apresentou uma proposta israelense unilateral que chegou perto das exigências palestinas, mas também disseram que não houve aceitação. Na opinião do ministro palestino da Informação, Yasser Abed Rabbo, a proposta é apenas uma tentativa israelense de "embelezar a realidade da ocupação".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.