02 de dezembro de 2009 | 08h26
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) afirmou nesta quarta-feira, 2, o envio de "pelo menos" cinco mil soldados para o Afeganistão. A confirmação foi feita depois do discurso do presidente dos EUA, Barack Obama, anunciando que mandará mais 30 mil militares americanos para integrar as forças internacionais para o conflito.
Veja também:
Plano de Obama para guerra afegã custará US$ 30 bi no 1º ano
Governo e oposição criticam novo plano
Vídeo: Discurso de Obama no canal da Casa Branca no YouTube
Especial: 30 anos de violência e caos no Afeganistão
"Posso confirmar que os aliados (membros da Otan) e nossos parceiros farão uma contribuição suplementar significativa, de ao menos 5 mil soldados, com a possibilidade de alguns milhares a mais", afirmou em Bruxelas o secretário-geral da organização, Anders Fogh Rasmussen. Ele ainda ressaltou que o conflito afegão não é apenas uma guerra americana e pediu para que os países europeus contribuam com a missão da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) no país asiático mandando mais militares.
O comandante militar americano no Afeganistão, general Stanley McChrystal, havia pedido no início do ano que os Estados Unidos enviassem mais 40 mil soldados ao país asiático. Além do envio de mais 30 mil soldados anunciado nesta terça-feira, o presidente americano pediu que os países membros da Otan enviem mais 10 mil soldados ao Afeganistão, chegando ao número solicitado pelo general americano. O problema é que, na Europa, a guerra no Afeganistão é bem mais impopular do que nos EUA.
Rasmussen disse que o melhor caminho para acabar com o criticismo da opinião pública sobre a guerra e mostrar progressos. Segundo ele, isso pode ser feito com a transferência do controle do país para as tropas afegãs das áreas seguras. O secretário-geral acredita ainda que as forças locais podem assumir a responsabilidade de entre 10 e 15 distritos do país ainda no próximo ano. "Este é um momento importante, a Otan deve mostrar unidade e força cada vez maior. Todos os aliados devem fazer mais" pelo conflito, afirmou Rasmusen. "Este é um combate comum a todos".
A França já recusou o pedido, e a Alemanha adiou a decisão. Na Grã-Bretanha, o primeiro-ministro, Gordon Brown anunciou, na segunda-feira, o envio de mais 500 soldados.
Encontrou algum erro? Entre em contato