Os países da OTAN, a aliança dos países do Atlântico norte, decidiram que a organização vai estar à frente da aplicação do embargo de armas contra a Líbia de Muamar Kadafi. Fazendo uso de sua força naval, a OTAN assegurará assim que o bloqueio decidido pelo Conselho de Segurança da ONU em 26 de fevereiro ocorra de modo efetivo.
Veja também:
Twitter: Acompanhe os relatos de Lourival Sant'anna
Linha do Tempo: 40 anos de ditadura na Líbia
Arquivo: Kadafi nas páginas do Estado
Infográfico: A revolta que abalou o Oriente Médio
Charge: O pensamento vivo de Kadafi
Na semana passada, quando decidiu-se pelo ação militar na Líbia, o embargo foi ampliado, incluindo a inspeção rigorosa das cargas aéreas e navais com destino à Líbia. Os 28 países membro da OTAN, reunidos no Conselho Atlântico - órgão executivo da entidade -, vêm discutindo que postura tomar em relação à Líbia.
Estuda-se a participação da aliança na garantia da zona de exclusão área líbia, até momento liderada pela coalizão de França, Grã-Bretanha e França. O secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, afirmou que o plano está pronto - mas não necessariamente será posto em prática.
"A OTAN finalizou seus planos militares para ajudar a impor uma zona de exclusão aérea", disse Rasmussen nesta terça-feira, 22. A Itália defende que a OTAN encabece a ação militar na Líbia, mas outros países, como a própria França, são reticentes à ideia, dada a rejeição que a organização sofre no mundo árabe desde a guerra no Afeganistão.
Para a operação do embargo, navios da OTAN já estão posicionados na parte central do mar Mediterrâneo. (com Efe)