BERLIM - O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, descartou categoricamente nesta quinta-feira, 31, a possibilidade, levantada por Londres e Washington de armar os rebeldes líbios para uma vitória fácil contra as tropas leais ao Muamar Kadafi.
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Rasmussen disse após a reunião em Estocolmo com primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, que segundo a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Otan está na Líbia para "proteger os civis, e não para armá-los."
"Vamos nos concentrar na aplicação do embargo de armas (ditada pela resolução), uma decisão que afeta todas as partes envolvidas no conflito", disse o secretário-geral da Otan.
O político dinamarquês lembrou perante a mídia que desde esta manhã, a Otan é "totalmente responsável " pela operação militar internacional implantada na Líbia "para implementar a resolução" do Conselho de Segurança da ONU.
Neste sentido, reiterou várias vezes que os dois principais objetivos dessa resolução são "proteger a população civil" contra a violência de qualquer um dos dois campos opostos na Líbia e "garantir que o cumprimento do embargo de armas."
Estados Unidos e Reino Unido têm sugerido nos últimos dias a possibilidade de armar os grupos rebeldes da Líbia depois de verificar que eles são incapazes de apresentar a firmar avanços militares legalistas contra Kadafi, apesar da ajuda internacional.
Rasmussen agradeceu a Reinfeldt pela proposta sueca de contribuir para a operação militar contra Kadafi, apesar das limitações expressas, e descreveu a Suécia como um "parceiro estratégico".