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Outro ex-chavista tem prisão decretada

Corte venezuelana ordena detenção de ex-governador por corrupção

Por AFP
Atualização:

Um tribunal venezuelano ordenou ontem a prisão do dissidente Carlos Giménez, ex-governador do Estado de Yaracuy. Giménez é acusado de corrupção em processos de licitação. Eleito em 2004, quando era aliado do presidente Hugo Chávez, ele foi destituído em junho de 2008, meses depois de romper com o governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Segundo a promotoria venezuelana, o pedido de prisão foi feito porque o ex-governador não compareceu às audiências nas quais deveria prestar esclarecimentos sobre sua gestão. Vários dissidentes e opositores de Chávez têm sido processados por crimes como corrupção, improbidade administrativa e sonegação. No dia 2, o ex-ministro de Defesa, general Isaías Baduel, que rompeu com o presidente há pouco mais de um ano, foi detido, acusado de desviar fundos. Em março, a promotoria da Venezuela pediu a prisão do prefeito de Maracaibo, Manuel Rosales, uma das principais figuras da oposição, que responde a um processo por enriquecimento ilícito. Segundo seu partido, Um Novo Tempo, Rosales está escondido, mas não fugiu do país. Um tribunal decidirá no dia 20 se aceita ou não o pedido de prisão contra ele. Na semana passada, nove policiais foram condenados a até 30 anos de prisão por sua atuação nas manifestações contra Chávez que antecederam a tentativa de golpe de 2002. Na sexta-feira, a Assembleia Nacional abriu uma investigação contra o ex-ministro do Planejamento Teodoro Petkoff por fraude. Ontem, uma manifestação organizada pelo prefeito de Caracas, o opositor Antonio Ledezma, foi dissolvida pela polícia com bombas de gás lacrimogêneo. Os manifestantes protestavam contra a lei que cria a figura do "chefe de governo" para Caracas, que teria autoridade sobre o prefeito.

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