
23 de novembro de 2010 | 00h00
Ontem, em Brasília, funcionários do Ministério da Defesa destacaram que a empresa é, hoje, completamente diferente do que era em 1995. Segundo eles, os compromissos de corporação foram firmados pelo Estado brasileiro com o francês. A DCNS faz os submarinos pesados franceses do tipo Le Terrible, um gigante de 139 metros e 15 mil toneladas de deslocamento, armado com 16 mísseis nucleares intercontinentais. O alcance de cada um deles é de cerca de 10 mil km.
O Ministério da Defesa da França enfatiza que a empresa começou há cerca de 240 anos, quando o marquês Montalembert criou um "arsenal de Marinha", em 1771, no mesmo local onde ainda funciona parte do estaleiro.
Em 2003, a organização estatal mudou de regime e passou a ser "uma sociedade privada de capital público", na qual o governo tem dinheiro e poder de veto, mas a gestão é privada. Em 2007, o grupo integrou-se ao associado Thales, criando um núcleo industrial naval.
No Brasil, a DCNS é a parceira da construtora Norberto Odebrecht, majoritária no Consórcio da Baia de Sepetiba, o CBS. A união foi formada com a participação da Marinha do Brasil, que mantém a golden share, direito de veto, para o desenvolvimento do ProSub, o empreendimento da construção dos submarinos, um estaleiro e uma sofisticada base para abrigar os navios.
O prazo para o fim das obras civís na Ilha da Madeira, em Itaguai, no Rio, é 2015. Só o pacote de infraestrutura sairá por 1,86 bilhão. As áreas envolvidas somam 980 mil metros quadrados, dos quais 750 mil na lâmina de água do mar.
A parceria entre França e Brasil no setor pode ser ainda maior. O Plano de Articulação e Equipamento da Marinha prevê um cronograma de para a aquisição em etapas até 2047, de seis submarinos atômicos e mais 15 convencionais, além da modernização de outros cinco..
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