Oviedo voltará "muito em breve" ao Paraguai

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Por Agencia Estado
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O ex-general Lino César Oviedo, foragido da Justiça paraguaia e atualmente vivendo numa mansão em Brasília, regressará "muito em breve" ao país, informou hoje em Assunção seu representante Carlos Galeano Perrone. O político, coordenador do movimento União Nacional de Colorados Éticos (Unace), disse que Oviedo "entrará no país muito em breve, não sabemos quando, mas virá quando achar que tem condições para fazê-lo". A Justiça paraguaia condenou Oviedo, de 58 anos, a uma pena - não cumprida - de 10 anos de prisão pela frustrada tentativa de golpe em abril de 1996 para derrubar o então presidente Juan Carlos Wasmosy. "(Oviedo) também não definiu se virá como candidato à presidência nas eleições de 2003", disse Galeano Perrone, que estava acompanhado da esposa do ex-general, Raquel Marín, de nacionalidade argentina. Oviedo abandonou o Paraguai em 28 de março de 1999, horas antes de Raúl Cubas renunciar à presidência. Obteve asilo na Argentina do então presidente Carlos Menem e deixou o país em dezembro de 2000, quando Fernando de la Rúa assumiu o cargo. Em junho de 2001, um comando da polícia federal brasileira o deteve em Foz do Iguaçu, em cumprimento a uma ordem internacional de prisão dirigida à Interpol pela Justiça paraguaia. Além da condenação à prisão por 10 anos, Oviedo foi acusado oficialmente como mentor do assassinato do vice-presidente Luis María Argaña, em março de 1999. Também pela morte de sete manifestantes na Praça do Congresso, em Assunção, por francos-atiradores. Libertado da prisão no Brasil, Oviedo voltou às páginas da imprensa nos últimos dias depois de o ex-presidente Cubas - seu fiel seguidor - apresentar-se de surpresa, na sexta-feira, perante um tribunal paraguaio. Cubas deverá ser interrogado pelo juiz criminal Jorge Bogarín sobre o processo que investiga a morte dos sete manifestantes.

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