PUBLICIDADE

Pacifistas acirram campanha contra governo dos EUA

Militares, atores e democratas formam coalizão que exige o fim da Guerra do Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

Grupos pacifistas dos Estados Unidos lançarão na segunda-feira uma campanha de pressão para que o Congresso exija o fim da Guerra do Iraque, dias após organizar a maior mobilização nacional em reivindicação do retorno das tropas. A coalizão "Unidos pela Paz e pela Justiça", que reúne 1.400 organizações locais e nacionais, realizou, no sábado, o maior protesto contra a ocupação dos EUA no Iraque desde o início da guerra, em março de 2003. Segundo a organização, pouco mais de 700 ativistas comparecerão ao Capitólio nesta segunda-feira para se reunir com líderes do Congresso, ou seus assessores, para exigir o fim do financiamento da Guerra do Iraque, que já matou mais de três mil soldados dos EUA e centenas de milhares de civis iraquianos. A campanha de pressão da "Unidos pela Paz e pela Justiça" é direcionada sobretudo aos democratas, que prometeram "um novo rumo" para os EUA e defenderam a retirada dos 130 mil soldados americanos que estão mobilizados no Iraque. O Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA aprovou, na semana passada, uma resolução não-vinculativa que rejeita o envio adicional de 21.500 soldados ao Iraque, como foi proposto pelo presidente George W. Bush em sua nova estratégia militar no país. O plenário do Senado deve submeter a medida à votação ainda esta semana. Famosos protestam A manifestação de sábado contou com a participação de celebridades de Hollywood, líderes democratas do Congresso, veteranos de guerra e membros em atividade do Exército americano. A atriz Jane Fonda, então tachada de "traidora" por sua oposição à Guerra do Vietnã, afirmou que retorna ao ativismo político após uma ausência de 34 anos, pois, em suas palavras, "o silêncio já não é uma opção". O ator Sean Penn advertiu que os congressistas que não frearem os esforços bélicos do presidente Bush pagarão muito caro nas eleições gerais de 2008. O descontentamento pela Guerra do Iraque custou a cadeira de vários congressistas republicanos nas eleições de novembro - e devolveu aos democratas o controle do Congresso -, mas o Governo de Washington insiste em que se retirar do Iraque seria desastroso para a região e encorajaria os terroristas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.