PUBLICIDADE

Pacifistas em todo o mundo continuam marchando contra a guerra

Por Agencia Estado
Atualização:

Manifestantes em todo o mundo saíram novamente às ruas neste domingo para protestar contra a guerra dos Estados Unidos contra o Iraque. Alguns penduraram uma bandeira de paz no Coliseu de Roma e em Bangladesh deficientes físicos agitavam fotos de crianças iraquianas feridas e gritavam "A guerra mutila!". Um dos maiores protestos foi organizado pela direita islâmica no Paquistão, um aliado dos EUA. Mais de 100 mil pessoas participaram de uma passeata na cidade de Lahore, Paquistão, alguns carregando retratos do líder terrorista Osama bin Laden e do presidente iraquiano Saddam Hussein. Alguns, incluindo crianças, gritavam slogans antiamericanos. Em Sydney, Austrália, entre 30 mil e 50 mil manifestantes pediram o fim da invasão do Iraque e exigiram que as 2 mil tropas do país na região sejam trazidas de volta. Manifestantes condenaram o primeiro-ministro John Howard pelo apoio à ofensiva liderada pelos norte-americanos. No Japão, cerca de 2 mil pessoas promoveram protestos pacíficos em várias cidades, inclusive em Hiroshima, onde manifestantes se concentraram na frente de um memorial para as vítimas da bomba atômica lançada pelos EUA na cidade no final da Segunda Guerra Mundial. No Afeganistão, onde tropas dos EUA continuam a caçar terroristas, cerca de 1 mil manifestantes protestaram na cidade oriental de Mehtar Lam. Pelo terceiro dia seguido, ocorreram confrontos na frente da embaixada dos EUA em Bahrein, com manifestantes jogando pedras no prédio e colocando fogo em pneus. No Egito, cerca de 200 manifestantes enfrentaram tropas de choque da polícia e as embaixadas dos EUA e da Grã-Bretanha permaneceram fechadas. Mais de 15 mil estudantes em quatro universidades egípcias protestaram em seus campi. Em Cartum, capital do Sudão, manifestantes jogaram pedras e garrafas contra a embaixada dos EUA, e milhares participaram de uma passeata até os escritórios das Nações Unidas. No sábado, um universitário foi morto a tiros numa manifestação em Cartum. Autoridades investigam o incidente. Em Atenas, Grécia, a polícia informou que oponentes da guerra promoveram atentados contra interesses norte-americanos na cidade. Um coquetel molotov foi jogado contra uma lanchonete do McDonald´s fechada, e uma bomba de fabricação caseira explodiu na frente de uma filial do Citibank. Ninguém ficou ferido. Extremistas muçulmanos protestaram na Indonésia, e disseram que o assassinato do presidente dos EUA, George W. Bush, seria legal pela lei islâmica. Bandeiras dos EUA e bonecos representando Bush foram queimados. Cerca de 20 manifestantes foram detidos hoje em Santiago, no Chile, por bloquearem o tráfego na frente da embaixada dos EUA. Na Cidade do México, cinco anarquistas foram detidos brevemente pela polícia depois de jogarem pedras contra a embaixada dos EUA num protesto que contou com a participação de centenas de pessoas. Veja o especial :

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.