Pacifistas protestam no 4º aniversário da invasão do Iraque

No Oregon, a Polícia chegou a usar spray de pimenta contra manifestantes; Em Nova York, 39 pessoas foram presas por protestar em frente à Bolsa de Valores

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Por Agencia Estado
Atualização:

O quarto aniversário da invasão do Iraque levou milhares de manifestantes às ruas de diversas cidades dos Estados Unidos para protestos pacíficos ao longo do fim de semana. Um protesto no Oregon terminou com choques entre manifestantes e policiais; outro, em Nova York, deixou 39 presos. "Esta é uma guerra para estabelecer a hegemonia dos Estados Unidos, uma guerra para que se possa consumir os recursos dos outros", criticou Susan Hay, uma professora que participou de atos em Portland, Oregon, ao lado de seus dois filhos e do marido. Os choques com a polícia em Portland começaram depois da manifestação principal, quando houve choque com um pequeno grupo de participantes. Pelo menos seis pessoas foram detidas. A polícia chegou a usar spray de pimenta contra os manifestantes. Participantes disseram que a polícia exagerou na reação. "Eles mostraram que têm força", disse Jake Fagan, de 21 anos, que perdeu dois amigos no Iraque. "Mas queremos apenas nos expressar." Os organizadores disseram que havia cerca de 15 mil pessoas no protesto. A polícia não divulgou estimativa. Em São Francisco, uma manifestação contra a guerra levou 3 mil pessoas a Market Street no domingo. Houve protestos pacifistas em Washington, Los Angeles, San Diego e outras cidades dos EUA ao longo do fim de semana. As manifestações ocorrem às vésperas do quarto aniversário da invasão do Iraque por forças estrangeiras lideradas pelos EUA em busca de armas de destruição em massa que nunca vieram a ser encontradas. Manifestantes presos Em Nova York, mais de mil pessoas protestaram num parque perto da sede da Organização das Nações Unidas (ONU). Em outro ponto de protesto, do lado de fora da Bolsa de Nova York, a polícia prendeu vários manifestantes que protestavam contra a guerra depois que eles se deitaram em frente à entrada do local. Havia mais policias do que os cerca de 100 manifestantes fora do prédio, no histórico distrito financeiro de Nova York. Os manifestantes gritavam pedindo o fim da guerra, enquanto a polícia arrastava integrantes do grupo que se deitavam no chão. Segundo os manifestantes, 39 pessoas foram presas. Os manifestantes disseram que estavam dirigindo o protesto contra as empresas que detêm os maiores contratos de defesa, como Lockheed Martin, Boeing, Northrop Grumman, Halliburton, General Electric, entre outras. Nesta segunda-feira, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, defendeu novamente a invasão do Iraque, mas admitiu que houve erros no planejamento e não foram enviados soldados em número suficiente para conter a violência que aflige o país árabe há quatro anos.

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