Pacote-bomba fere 16 em banco na Espanha

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Por Agencia Estado
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Um pacote-bomba explodiu em frente a um banco num dos horários de maior movimento em uma área comercial de Madri desta quinta-feira, ferindo gravemente um general do Exército e outras 15 pessoas que passavam pelo local. A polícia culpa militantes separatistas bascos pelo atentado. A explosão atingiu os prédios próximos e destruiu a fachada da agência do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), na Calle Lopez de Hoyos, no bairro comercial e residencial de Salamanca, no centro da cidade. Vizinhos saíram de seus apartamentos para auxiliar nos primeiros-socorros enquanto as ambulâncias se dirigiam para o local. O general Justo Oreja Pedraza, de 63 anos, foi hospitalizado em estado grave, com queimaduras cobrindo a maior parte de seu corpo, informou o serviço de emergências Samur. Outras 15 vítimas foram atendidas por cortes superficiais e escoriações em um posto improvisado montado pela Samur no local da explosão. A polícia informou que uma bomba de dois quilos foi colocada num pacote perto de uma bicicleta e foi detonada por controle remoto quando o general saía de seu apartamento, nas proximidades do banco. "Foi terrível", relatou Pedro Martin, que mora em um prédio na mesma rua de Oreja Pedraza. "Ouvi a explosão e a casa tremeu. Percebi na hora que era uma bomba." Ele foi até a varanda e viu o general deitado na rua. Nenhum grupo assumiu imediatamente a autoria do atentado. Mas o ministro de Interior da Espanha, Mariano Rajoy, culpou o grupo separatista ETA (Pátria Basca e Liberdade) e informou que a polícia está em busca de um jovem de cabelos negros vestido como ciclista. Horas mais tarde, um carro que a polícia acreditava ser o veículo de fuga explodiu em outro lugar da cidade sem causar vítima. O ETA assumiu responsabilidade por 31 mortes desde dezembro de 1999, quando rompeu um cessar-fogo unilateral de 14 meses. Em 33 anos de campanha pela independência do País Basco - numa área entre o norte da Espanha e o sudoeste da França -, o grupo separatista já provocou pelo menos 800 mortes. Os militantes armados do ETA têm os militares como alvo freqüente de sua violenta campanha pela independência.

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