
15 de março de 2010 | 20h46
Por meio de nota, a arquidiocese de Munique e Freising anunciou o afastamento do padre, identificado somente como reverendo H., "até que fique provado se ele descumpriu ou não as condições estabelecidas depois de acusações de abuso sexual de menores e de uma condenação pela justiça". O prelado Josef Obermaier, responsável pela indicação do pastor a sua última posição, renunciou a seu cargo, afirmou a arquidiocese.
Segundo a arquidiocese, o padre suspenso foi transferido para Munique em 1980. Ali, ele passou por terapia por causa de "relações sexuais com meninos", segundo a arquidiocese. Apesar de seu passado de pedofilia ser conhecido, o padre foi enviado dois anos depois para uma paróquia em Grafing.
Ele foi afastado sem seguida, no início de 1985, depois do surgimento de novas acusações de abuso sexual, pelas quais veio a ser condenado no ano seguinte. De acordo com a arquidiocese, desde 1986 não apareciam novas acusações e ele havia sido "expressamente proibido de trabalhar com crianças e adolescentes".
O papa Bento 16 ainda não se pronunciou sobre a série de acusações de abuso sexual e físico contra menores envolvendo padres católicos na Alemanha, mas o arcebispo Rino Fisichella disse que, em breve, o pontífice dará a conhecer uma carta sobre acusações similares levantadas na Irlanda.
Hoje, na Irlanda, o cardeal Sean Brady informou que só deixará seu posto se o papa assim pedir, mas admitiu ter ajudado a igreja a coletar evidências de que um padre havia molestado dezenas de crianças na Irlanda, no Reino Unido e nos Estados Unidos antes de ser detido em 1994.
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