Painel da guerra: EUA lançam ataque de "choque e pânico"

Este texto apresenta um resumo dos mais recentes acontecimentos

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Por Agencia Estado
Atualização:

Forças lideradas pelos EUA deflagaram um ataque aéreo maciço contra alvos em Bagdá e em outras partes do país nesta sexta-feira, numa elevação da escala da guerra para tirar Saddam Hussein do poder. Tropas americanas e britânicas ocuparam a cidade de Umm Qasr, importante porto do Iraque, após derrotar forças iraquianas. Fontes do Pentágono definiram o dia de hoje como o ?Dia A?, ou ?dia do ataque?, marcando o início da tática de ?choque e pânico?. O ataque aéreo a Bagdá envolveu mísseis de cruzeiro, lançados por navios no Golfo Pérsico e no Mar Vermelho. Bombardeiros B52 decolaram de bases na Inglaterra horas antes de as bombas começarem a cair, e dúzias de aviões F-14 Tomcats e F/A-18 Hornet, carregados de bombas, partiram do porta-aviões USS Kitty Hawk. Fontes americanas dizem acreditar que Saddam Hussein e seus principais auxiliares vêm perdendo controle sobre o país. Tropas dos EUA, Grã-Bretanha e da Austrália avançam sobre os poços de petróleo no sul do Iraque, na esperança de evitar sabotagem por parte das tropas leais a Saddam, que recuam e vêm sendo acusadas de atear fogo aos poços. Na parte ocidental do país, dois campos de pouso e decolagem de aviões foram capturados. Acredita-se que esses campos abriguem mísseis Scud, capazes de atingir Israel. Dois fuzileiros navais americanos foram mortos em combate hoje, dizem fontes militares. O Iraque disparou um míssil al-Fatah, ilegal, contra o Kuwait, mas o projétil foi derrubado pelo fogo antiaéreo. Na cidade iraquiana de Safwan, fuzileiros americanos derrubaram gigantescos retratos de Saddam Hussein, e alguns moradores juntaram-se ao major David Gurfein numa comemoração, gritando ?Iraquianos! Iraquianos!?, com os punhos fechados para o alto. A Turquia concordou em permitir o sobrevôo do país por aviões militares americanos com destino ao Iraque. Dois corredores aéreos seriam abertos para os Estados Unidos no espaço aéreo turco, disse uma autoridade. Enquanto a guerra prossegue, as discussões diplomáticas sobre o que acontecerá em seguida sofrem reveses. O presidente da França, Jacques Chirac, um oponente da guerra, disse que vetaria qualquer autorização da ONU para que os EUA ou a Grã-Bretanha administrem o Iraque. Veja o especial :

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